O Estado de Israel foi atacado de surpresa no dia mais sagrado do ano judaico – Yom Kippur, no dia 6 de outubro de 1973. Forças do Egito e Síria cruzaram, respectivamente, as linhas de cessar-fogo no Sinai e nas Colinas de Golan.

Durante os primeiros dias, egípcios e sírios avançaram recuperando partes dos territórios que Israel conquistou na Guerra dos Seis Dias. O cenário começou a se inverter a favor de Israel na segunda semana de lutas, quando os israelenses forçaram os sírios a retroceder em Golan, enquanto o Egito mantinha sua posição no Sinai. Mas, ao sul do Sinai, os israelenses encontraram uma brecha entre os exércitos egípcios e conseguiram cruzar para o lado oeste do canal de Suez. Esse desenvolvimento levou as duas superpotências da época – os EUA, a favor dos interesses de Israel, e a URSS, favorável aos países árabes – a uma tensão diplomática. Mas um cessar-fogo, obtido por intermédio das Nações Unidas, entrou em vigor em 25 de outubro de 1973.

Após o fim dos conflitos armados, o exército de Israel havia se recuperado e apresentava enorme poder bélico. As forças armadas israelenses encontravam-se infiltradas em territórios árabes, sendo que chegaram a 40 quilômetros da capital síria, Damasco, e a 101 quilômetros da capital do Egito, Cairo. Ambas as cidades foram fortemente bombardeadas.

As consequências da Guerra do Yom Kippur ultrapassaram as fronteiras dos países envolvidos e influenciaram profundamente outras nações. Tempos após o final do conflito, as relações entre Israel e Egito foram normalizadas através dos Acordos de Camp David, de 1978. Pela primeira vez na história, uma nação árabe havia reconhecido o território de Israel.

O fim da guerra não foi acompanhado pela mesma sensação de vitória que prevaleceu no final da Guerra da Independência e dos Seis Dias. A sensação era de que Israel havia emergido de um perigo real e saído desta guerra com unhas e dentes. Apesar de suas realizações, o IDF não foi visto como um exército que conseguiu alcançar uma vitória retumbante. O preço da guerra foi extremamente alto: 2.656 mortos, 7.251 feridos, 294 prisioneiros, dezenas de desaparecidos e pesadas baixas em aviões e tanques e danos à aptidão militar.
Lembramos eternamente os soldados mortos e feridos que deram sua vida para defender o povo de Israel.