Lorde Arthur James Balfour, Ministro do Exterior do Reino Unido, em 1917.

Oswaldo Aranha preside a Assembleia das Nações Unidas, 1947. @Arquivo Nacional.

      Em 2 de novembro de 1917, a Declaração de Balfour foi publicada, na qual o governo britânico reconheceu o direito do povo judeu a um lar nacional judeu na terra de Israel. A declaração foi entregue a Lorde Lionel Walter Rothschild, que foi convidado a entregá-la à Organização Sionista. Ela foi submetida na sequência de uma proposta apresentada ao governo britânico pelo Dr. Chaim Weizmann, em colaboração com a liderança sionista na Grã-Bretanha. Em Eretz Israel, o texto da declaração foi aprovado pelo Gabinete Britânico em 31 de outubro de 1917.

A resolução da ONU

Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas resolveu encerrar o Mandato Britânico em Israel e estabelecer dois estados independentes em Israel — um Estado Judeu e um Estado Árabe (o Plano de Partição). Também estipulou que Jerusalém e seus arredores seriam declarados território sob supervisão internacional, baseado nas conclusões da maioria dos membros do Comitê Especial da ONU sobre Israel (UNESCO). A decisão foi adotada por maioria de 33 votos, 13 contra, 10 abstenções e um país ausente. O governo britânico anunciou então que o seu governo no país terminaria em 15 de maio de 1948.

Em Eretz a decisão foi recebida com muita alegria, devido ao selo político e jurídico dado pela decisão, pelo estabelecimento de um Estado Judeu na Terra de Israel. Muitos também celebraram em comunidades judaicas na diáspora. Os árabes decidiram e planejaram a divisão das terras. No dia seguinte à votação da ONU, os árabes, tanto nos países árabes quanto nos territórios de Israel, lançaram hostilidades contra as comunidades judaicas e o assentamento, e assim estourou a Guerra da Independência.

O Embaixador Brasileiro

O embaixador Oswaldo Aranha presidiu a primeira sessão extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas, convocada em 1947, e, como chefe da delegação brasileira, deu início a uma tradição que permanece até hoje segundo a qual o primeiro orador desta importante conferência é sempre brasileiro. Aranha desempenhou um papel importante no estabelecimento do Estado de Israel, quando apoiou o plano de partição e liderou a conferência na qual a organização votou para aceitar o plano e estabelecer o Estado de Israel.